A dor pélvica crônica, é definida como uma dor que ocorre na região da pelve, na região da parede abdominal, e ou na região lombar, que dura por mais de três meses, podendo ou não estar relacionada com o ciclo menstrual. É uma condição que pode interferir nas atividades habituais, com impacto direto na vida conjugal, social e profissional. Consequentemente há uma sobreposição de sintomas como dispareunia, dismenorreia, queixas gastrintestinais, geniturinárias e musculo esqueléticas. Independente da causa, a DPC, inclui comprometimento nos aspectos sexuais (dor a relação, falta de interesse, anorgasmia), causando um aumento da tensão muscular no corpo.
Cerca de 60% das mulheres, nunca receberam diagnostico específico e 20%, nunca realizaram investigação para saber a causa da dor. Muitas vezes pode ser confundida apenas com dor de origem uroginecológica, gerando um ciclo vicioso de dor e tensão.
É muito importante que a paciente saiba que o tratamento não proporciona a cura e sim um alivio dos sintomas, fazendo-se necessária uma abordagem multidisciplinar.
Frequentemente as mulheres com DPC, apresentam alterações na musculatura do assoalho pélvico e a fisioterapia atua no alívio da dor, na reeducação muscular e sensitiva dessa região, com uso de técnicas manuais, treino da musculatura com biofeedback, alongamentos, trabalhos posturais, dentre outros.
A melhora é gradual, e o processo pode ser doloroso, mas é fundamental a persistência no tratamento e a continuidade nas atividades de vida diária.