Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a endometriose acomete cerca de 15% das mulheres brasileiras em idade reprodutiva. Geralmente, mulheres diagnosticadas com essa patologia apresentam menstruação dolorosa, dor pélvica crônica ou dificuldade de engravidar. Nesse sentido, diversas formas de tratamento podem ser utilizadas para o controle dos sintomas, cabendo ao médico responsável definir a mais adequada.
Dentre as alternativas terapêuticas, a acupuntura é uma técnica milenar chinesa que vem ganhando evidente espaço como método terapêutico alternativo. Ela consiste na inserção de agulhas na pele, com o efeito de estimular pontos específicos que ajudam na regulação das funções orgânicas.
A partir da estimulação de nervos específicos, ocorre uma resposta cerebral que permite a liberação de substâncias opióides e outros peptídeos, gerando efeito analgésico e anti-inflamatório. Além disso, ocorre a ação moduladora sobre o sistema neuroendócrino e as emoções. Outro benefício da acupuntura é o aumento do fluxo sanguíneo na região estimulada, permitindo a chegada de mais nutrientes e a retirada de fatores resultantes da inflamação local, melhorando a fisiologia da região.
Dessa forma, a acupuntura, no contexto da endometriose, permite o alívio da dor, redução do processo inflamatório, diminuição das massas pélvicas e melhora integral na qualidade de vida da paciente, considerando o impacto físico e emocional da doença.
Vale ressaltar, ainda, que a acupuntura é eficaz para complementar a intervenção terapêutica nos casos de endometriose, a fim de aliviar os sintomas, mas não substitui o tratamento cirúrgico quando este é necessário.