A endometriose acomete cerca de 15% das mulheres brasileiras em idade reprodutiva, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Essa doença se caracteriza pela presença de endométrio (camada mais interna do útero) fora da cavidade uterina, induzindo um processo inflamatório crônico, que pode gerar sintomas ou não às pacientes.
Os sintomas típicos da endometriose são: cólicas menstruais intensas; dores durante a relação sexual; dores abdominais no período pré-menstrual; sensação extrema de cansaço; alto fluxo menstrual; constipação e dor intestinal; e, em casos mais graves, náuseas e vômitos.
No entanto, segundo uma pesquisa divulgada no Journal of Assisted Reproduction and Genetics sugeriu que 20 a 25% das pacientes com endometriose são assintomáticas. A ausência de sintomas pode se dar por dois motivos: ou as pacientes, ou o médico assistente, ignoram alguns sintomas e não os relacionam à endometriose, não sendo possível a realização de seu diagnóstico; ou a paciente realmente não apresenta quaisquer sinais ou sintomas sugestivos de endometriose por um período de tempo (até mesmo por anos), vindo a diagnosticá-la posteriormente durante a realização de exames de rotina no ginecologista ou devido à dificuldade para engravidar.
Assim, enquanto a endometriose sintomática deve ser prontamente tratada, a forma assintomática deve ser, antes de tudo, diagnosticada.
Embora a paciente possa não apresentar sinais ou sintomas de endometriose inicialmente, existem manifestações silenciosas que podem trazer prejuízos à sua saúde, como é o caso da infertilidade causada pela endometriose. Nesse sentido, após o correto diagnóstico, deve-se iniciar um tratamento específico, visando o controle da infertilidade e a prevenção do surgimento de sintomas.