A endometriose é uma doença inflamatória de caráter crônico que acomete cerca de 15% das mulheres brasileiras em idade reprodutiva, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Ela ocorre devido a presença de focos de endométrio (camada de tecido que reveste o útero internamente) fora do endométrio, provocando inflamação. Esses focos extra-uterinos obedecem ao ciclo menstrual, tendo piora significativa dos sintomas durante fases específicas do ciclo, como os períodos pré-menstrual e menstruação.
A paciente pode apresentar cólicas menstruais intensas; dores durante a relação sexual; dores abdominais no período pré-menstrual; sensação extrema de cansaço; alto fluxo menstrual; constipação e dor intestinal; e, em casos mais graves, náuseas e vômitos.
Nesse sentido, a presença de dores abdominais e pélvica de forma crônica, associada a dor durante a relação sexual, pode prejudicar sobremaneira a vida sexual da paciente portadora de endometriose. As dores podem gerar um incômodo suficientemente forte para resultar em perda do prazer durante a relação, gerando então uma perda do interesse e do desejo sexual.
Além disso, outros fatores podem agravar os problemas relativos à sexualidade, como a sensação de cansaço crônico, a ansiedade e a baixa autoestima, decorrentes de uma endometriose mal controlada há anos.
Dessa forma, o correto tratamento da endometriose propiciará uma redução (ou até desaparecimento) dos sintomas, de modo a resgatar a sexualidade feminina, garantindo uma maior saúde e qualidade de vida a paciente.